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CAI FINA A CHUVA...



Photo by Halanna Halila 
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Unsplash
MARIA APPARECIDA SANCHES COQUEMALA
Licenciada em Letras, pós em Linguística. Premiada pela UBE, Rio com A Gruta Azul e Carnaval, pelo Governo da Paraíba, com À Espera, e pela Ed. Porto de Lenha, Gramado- RS, com Vozes da Primavera, todos coletâneas de  contos.  Na literatura infantil, publicou Naná e o Beija-flor; na poesia: Pulsar e À margem da vida. Participa de antologias de contos premiados no Brasil, Uruguai, Portugal e Itália.



CAI FINA A CHUVA...

Cai fina a chuva sobre a cidade...
Brilham regatos nas ruas e praças.
Do seu vulto na chuva vislumbrado,
escorrem lentamente, gotas de um poema,
transcendendo a realidade.

Eu lhe falo da saudade crescente a cada dia.
- Estou  de volta, - me diz ele ternamente,
nesta chuva de poesia, presente minha alma,
agora  separada da matéria que a sustinha.
Aqui estou atendendo a teu chamado.
                       
Em fios de prata cai a chuva sobre a cidade...
Lentamente, seu vulto se esvai...
Regatos fluem nas ruas e praças
levando poemas, deixando saudade.

PANDEMIA

Foto deラ デ ク ス ト ー ン
no Unsplash





SOLANGE BARIFOUSE
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de julho de 1962. Formou-se em Letras (Português-Alemão) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Direito pela Universidade Candido Mendes. É professora da rede municipal de ensino, professora aposentada da rede estadual de ensino e advogada. Traz o jeito silencioso do pai, a alegria da mãe e sua infância foi marcada pelos contos de Hans Christian Andersen e pelas fábulas de Jean de La Fontaine. Publicou seu primeiro livro aos 37 anos. Escreve poesia e crônica.




PANDEMIA 

A  perda sem despedida
e sem o amparo de um abraço.
Assim tem sido a vida alheia.
                                                       
E cada um, em algum lugar
de um canto, assistindo à dor
do outro.

Mas quando tudo, enfim, passar,
quem sentiu há de amparar.
Quem só assistiu esquecerá.

PERFUME

RENATO GALVÃO
Sou o que se pode chamar de escritor independente. Um homem que gosta de juntar letras, formar palavras e construir textos que tentam traduzir gestos, olhares ou sorrisos. Tenho quatro livros de poesias publicados, quatro antologias e alguns concursos vencidos. Além de poeta, sou escritor, artesão e artista plástico.

PERFUME

Um perfume
Invade a casa
Trazido pelo acaso.
Que toma conta de todo espaço.

MEIO DIA LAVAREI MINHA ALMA

JEFFERSON ROCHA
Autor e Diretor Teatral. Professor de Teatro do Degase (RJ). Pedagogo. Pós graduado em Psicologia Jurídica. Presidente da Escola de Samba Mirim Inocentes da Caprichosos.

MEIO DIA LAVAREI MINHA ALMA

Dormi cedo para acordar bem disposto. A lista de compras já estava pronta desde a noite anterior. Nada poderia ficar esquecido: duas calças sociais, uma calça jeans, duas blusas de gola pólo, uma camisa social de mangas compridas e uma jaqueta que há tempos esperava para comprar. O smartphone já estava selecionado. Era aquele que tinha câmera frontal e fazia um “looping” ( a parte do looping era um exagero e nem sabia qual a finalidade de um celular fazer tamanha peripécia

TELEFONEMA SURPREENDENTE

Photo by Miryam León 
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DEBORA VALADARES
Aquariana com sentimentos, Debora nasceu na cidade de Tobias Barreto, interior de Sergipe, é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Sergipe e também atua com terapias corporais e energéticas. É apaixonada pelo universo da sensualidade e erotismo lésbico, escrevendo para o blog Poemas e Inquietudes desde 2017.





TELEFONEMA SURPREENDENTE

Era uma noite dessas em que apenas a solidão e a rala programação da TV a cabo insistem em fazer companhia. Eu estava em casa ainda acordada. Todos os outros já haviam se recolhido aos braços de