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TELEFONEMA SURPREENDENTE

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DEBORA VALADARES
Aquariana com sentimentos, Debora nasceu na cidade de Tobias Barreto, interior de Sergipe, é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Sergipe e também atua com terapias corporais e energéticas. É apaixonada pelo universo da sensualidade e erotismo lésbico, escrevendo para o blog Poemas e Inquietudes desde 2017.





TELEFONEMA SURPREENDENTE

Era uma noite dessas em que apenas a solidão e a rala programação da TV a cabo insistem em fazer companhia. Eu estava em casa ainda acordada. Todos os outros já haviam se recolhido aos braços de
Morfeu. Não fosse apenas pelo barulho da televisão ligada baixinho, todo o resto era silêncio.
Tomei um leve susto ao sentir uma vibração. Era o celular escondido sob a manta do sofá. Caiu e eu nem senti. Atendi prontamente, surpresa ao ver quem era. Traída pela musculatura e pelo pulsar do meu coração diante do pequeno susto, soltei: “Olá! Boa noite!”.
Do outro lado, era a dona de uma voz suave ritmada por um sotaque interiorano que embalou a conversa. “Senti sua falta hoje. Por isso, resolvi ligar. Fiz mal?”. De pronto, respondi: “Estava adivinhando pensamento? Você não saiu da minha mente desde ontem”, revelei.
Ela tem uma liberdade de vida que impressiona. É madura ao ponto de não se censurar em nada, principalmente no quesito “sentir prazer”. Não se priva nem se poupa. Mergulha de cabeça e consegue me conduzir de uma maneira ímpar.
“Sabe o que eu faria se você estivesse aqui agora?”, me provocou com a voz mais sensual que meus ouvidos já sentiram. “Nem me conte. Aguarde que eu estou chegando aí”, a voz quase embargada.
Tomei um banho rápido e me arrumei para desvendar o que a caixa de Pandora tinha reservado para aquela noite. E que noite! Parei o carro na porta. Como era de costume, ao estacionar, liguei para ela. “Cheguei”. Ao contrário da resposta costumeira, veio uma ordem minimamente estranha. “Toque a campainha e coloque a máscara que está nos pés da zâmia do lado direito”.
E assim fiz. Peguei a máscara, vesti-a e toquei a campainha. Ela abriu a porta e me conduziu delicadamente até me posicionar em frente a uma cadeira. “Senta e bota os braços pra trás”, ordenou com leve tom carinhoso. Dei um pequeno sobressalto ao sentir o frio metal das algemas com que ela prendia meus pulsos. “Nossa. É sério isso?”, foi só o que consegui dizer. “Parece que estou brincando?”, ela disse em tom sério enquanto removia a máscara dos meus olhos.
Uma meia luz iluminava a sala. Velas aromatizadas enfeitavam os móveis. A trilha sonora era perfeita para o enredo de sedução que ela havia detalhadamente premeditado. Mas a surpresa maior foi vê-la vestida. Calça reta, camisa de botão, paletó, suspensório e chapéu panamá. Um equilíbrio perfeito da elegância monocromática naquele corpo pequeno, mas muito habilidoso.
Ao dar o play, começou o melhor espetáculo que meus olhos já puderam presenciar.
Ela começou uma dança maravilhosa. Movimentos suaves, subindo e descendo. Um molejo avassalador. O olhar lascivo era absolutamente penetrante. Mais do que as algemas, aquele olhar me fazia refém daquela deusa. Ela se aproximava e ensaiava me beijar a boca, ao que eu esticava a cabeça tentando pegá-la, mas ela se afastava rapidamente.
Chegou de frente pra mim e abriu a calça. Virou-se de costas e começou a despí-la mais devagar ainda. Rebolava na minha frente, sentava no meu colo, empinava aquele bumbum perfeitamente redondo e empinado, enfeitado com uma minúscula calcinha de renda vermelha devidamente aconchegada no caminho do sucesso.
Meu coração parecia querer sair pela boca. A respiração ficava ofegante. Meu tesão atingia os mais altos níveis de adrenalina que o corpo humano pode suportar. Não temia um enfarte.
Ela desabotoava a camisa lentamente, botão por botão, sem nem olhar para as casas. Os olhos fixos e cada vez mais desejosos de me torturar. Abriu a camisa e sentou-se no meu colo, encaixando-se como se montasse um alazão. E se lançou sobre meu corpo e me beijava a boca com tanto fervor que meu corpo se arrepiava sem parar. Ela rebolava tão gostoso em cima de mim, que eu já estava a ponto de implorar que me soltasse. Queria amar aquela mulher com toda minha força. Precisava senti-la.
Como ela é mestre em jogos sensuais e torturas sexuais, profunda conhecedora dos meus pontos mais fracos, logo saiu de cima de mim e foi na cômoda. Pegou a chave das algemas. Veio novamente na minha frente e apoiou uma das pernas sobre a cadeira, encaixando o pé entre minhas pernas. Afastou levemente a calcinha para a direita e, com o sorriso mais safado do mundo, disse: “quer?”. “Claro”, respondi afoita. “Resposta errada”, ouvi com um tapa na cara. “Você sabe qual é a resposta”, disse séria. E repetiu a cena. “Quer?”. “Sim senhora. Quero sim, senhora”, respondi quase sem fala, obedecendo à ordem.
Ela foi para trás da cadeira e agachou na minha mão direita. Pude sentir o sexo dela deliciosamente encharcado, pedindo o meu toque. “Sente como eu estou”, sussurrou em meu ouvido. Eu fechei os olhos e respirei fundo. Prontamente ela me liberou das algemas e eu a peguei de jeito.
Joguei-a contra a parede fria da sala. Ela ficou com o rosto colado e o corpo empinado para mim. Arranquei minha calça na velocidade da luz e comecei a encoxá-la, esfregando meu sexo naquele bumbum delicioso. Virei-a de frente, terminei de tirar a camisa e o chapéu foi ao chão sendo chutado para longe. Deixei só a gravata.
Virei-a de frente e começamos a nos beijar ardentemente. Puxava seus cabelos lisos para arrebatar seu pescoço com minha boca e mordê-lo com a intensidade exata do tesão. Desci até seus seios já entumecidos, bicos rijos implorando por minha boca ávida por chupá-los mordiscando-os. Segui meu caminho explorando aquele corpo quente e delicioso. Quando dei por mim, já estava de joelhos pronta para iniciar o mais intenso caminho do prazer.
Ela apoiou uma perna em meu ombro e eu comecei a beijar aquela xana lisinha, sem nenhum pelo, do jeito que eu gosto. Abri seus grandes lábios e me deparei com seu grelinho duro chamando meu nome. Minha língua passeava saboreando aquela textura deleitosa, sentindo escorrer aquele mel quente na minha boca, melando toda a minha cara.
Sem esperar pela ordem, sentia seu corpo perdendo o equilíbrio, o gozo querendo chegar. Meti dois dedos dentro daquela caverna quente e soquei rapidamente sem parar de chupar seu grelinho. Ela começou a puxar meu cabelo enquanto os gemidos se transformavam em gritos do mais sublime êxtase. Levantei, ainda socando-lhe com mais força. Ela me abraçou enquanto eu beijava sua boca, dando a ela um pouco do seu próprio sabor.
De repente, ela solta o maior grito da noite toda e eu a envolvo em meus braços, levando-a para o sofá. Aconcheguei-me sobre seu pequeno corpo com delicadeza e pude sentir seu tremor de prazer sem limites. Nossos corpos se acalmaram em delicadas carícias e nos beijamos movidas pela paixão ardente que nos une.

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