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AQUELA QUE MATA

GISELLE AZEVEDO
Influenciada por livros de mistérios como os da Série Vaga-lume ou mesmo Marco Túlio Costa, a fagulha da escrita foi despertada em mim. Começando com pequenos contos infantis cheguei ao universo avassalador da poesia. Desde então, tenho publicado meus escritos em blog, chamado Intrínseco, e no ano de 2016 me aventurei a lançar um livreto de mesmo nome. E por consequência
dessa paixão pela literatura cursei Letras pela UFRRJ e atualmente faço especialização em Literatura Brasileira pela UERJ.

Aquela que mata I

Tá em uma sala vazia
em que há um animal furioso
e um pobre velho indefeso  


Aquela que mata II

escuro dois átomos que se fundem big bang explosão choro choro desespero choro choro não consigo parar de chorar tudo de uma vez na minha cabeça não consigo respirar eu vou desmaiar
respirar

não pensar é pensar

a cena é em câmera lenta e o acidente inevitável vem devagar vem devagar vem devagar bateu tudo de novo o ciclo dela que mata ela vem assim como o cavalo que a traz e os galopes são intensos rápidos arrastam tudo ninguém para nunca

passou mas volta o papel tá aí pra contar

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