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PANDEMIA

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SOLANGE BARIFOUSE
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de julho de 1962. Formou-se em Letras (Português-Alemão) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Direito pela Universidade Candido Mendes. É professora da rede municipal de ensino, professora aposentada da rede estadual de ensino e advogada. Traz o jeito silencioso do pai, a alegria da mãe e sua infância foi marcada pelos contos de Hans Christian Andersen e pelas fábulas de Jean de La Fontaine. Publicou seu primeiro livro aos 37 anos. Escreve poesia e crônica.




PANDEMIA 

A  perda sem despedida
e sem o amparo de um abraço.
Assim tem sido a vida alheia.
                                                       
E cada um, em algum lugar
de um canto, assistindo à dor
do outro.

Mas quando tudo, enfim, passar,
quem sentiu há de amparar.
Quem só assistiu esquecerá.

PERFUME

RENATO GALVÃO
Sou o que se pode chamar de escritor independente. Um homem que gosta de juntar letras, formar palavras e construir textos que tentam traduzir gestos, olhares ou sorrisos. Tenho quatro livros de poesias publicados, quatro antologias e alguns concursos vencidos. Além de poeta, sou escritor, artesão e artista plástico.

PERFUME

Um perfume
Invade a casa
Trazido pelo acaso.
Que toma conta de todo espaço.

MEIO DIA LAVAREI MINHA ALMA

JEFFERSON ROCHA
Autor e Diretor Teatral. Professor de Teatro do Degase (RJ). Pedagogo. Pós graduado em Psicologia Jurídica. Presidente da Escola de Samba Mirim Inocentes da Caprichosos.

MEIO DIA LAVAREI MINHA ALMA

Dormi cedo para acordar bem disposto. A lista de compras já estava pronta desde a noite anterior. Nada poderia ficar esquecido: duas calças sociais, uma calça jeans, duas blusas de gola pólo, uma camisa social de mangas compridas e uma jaqueta que há tempos esperava para comprar. O smartphone já estava selecionado. Era aquele que tinha câmera frontal e fazia um “looping” ( a parte do looping era um exagero e nem sabia qual a finalidade de um celular fazer tamanha peripécia

TELEFONEMA SURPREENDENTE

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DEBORA VALADARES
Aquariana com sentimentos, Debora nasceu na cidade de Tobias Barreto, interior de Sergipe, é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Sergipe e também atua com terapias corporais e energéticas. É apaixonada pelo universo da sensualidade e erotismo lésbico, escrevendo para o blog Poemas e Inquietudes desde 2017.





TELEFONEMA SURPREENDENTE

Era uma noite dessas em que apenas a solidão e a rala programação da TV a cabo insistem em fazer companhia. Eu estava em casa ainda acordada. Todos os outros já haviam se recolhido aos braços de

NAS BADALADAS DO RELÓGIO

GILNEI NEVES NEPOMUCENO
Gilnei Neves Nepomuceno, nasceu em 1/08/1961, em Banabuiú-CE, reside em Morada Nova. Filho de José Nepomuceno e Maria Neves Nepomuceno. Em 1993 lançou o livro de poesia Calvário Nacional. É Cônsul do Movimento Poetas Del Mundo. É membro da Academia Quixadaense de Letras. Em 2016 foi agraciado com o Troféu de Honra ao Mérito Literário Cora Coralina. É professor Pedagogo, Mestre em Ciências da Educação.

NAS BADALADAS DO RELÓGIO

Tudo acontece nas doze badaladas da noite
Flores se abrem e fecham-se delirantes

QUE VIDA DIFÍCIL - O SEGREDO DE ELENINHA

A. RABELLO
Engenheiro, nascido no estado do Rio de Janeiro, dedicou-se  por muito tempo à profissão realizando inúmeras obras de engenharia para o setor público e setor privado. Desempenhou, por vários anos, cargos técnicos e gerenciais numa empresa de economia mista do governo sendo agraciado com a “Medalha de Honra ao Mérito” por bons serviços prestados. Viajou por vários países onde teve a oportunidade de conhecer os costumes e hábitos de seus habitantes, o que lhe valeu uma enorme experiência de vida. Atualmente exerce sua profissão gerenciando uma empresa de comércio exterior.

QUE VIDA DIFÍCIL 
- O SEGREDO DE ELENINHA - 

Enfim chegou o grande dia. Macedo acordou bem cedo e tomou um café da manhã bem farto. Confirmou que o traje estava pronto, os sapatos brilhando como espelho, as alianças em lugar visível para que não fossem esquecidas.  Telefonou para seus padrinhos, na dúvida resolveu lembrar que deveriam estar na igreja as 17:30, e também para a locadora do Dodge Dart que contratara para levar sua querida Eleninha para a Igreja Matriz que ficava em frente a uma pracinha onde finalmente seu

SONETO ESTRAMBÓTICO

CEZAR DE ALMEIDA
Poeta e Trovador, Professor aposentado e Advogado atuante desde 1973, quando se formou pela UFF. Durante toda a vida tem se dedicado à música, poesia e à política, tendo sido Vereador, Vice-prefeito e Prefeito por duas vezes em sua terra natal, Raiz da Serra de Santana de Japuíba, município de Cachoeiras de Macacu, onde reside E-mail: cezardealmeida@bol.com.br
Estudou Filosofia, Letras, Economia,  Psicologia e Engenharia Econômica. Pós-Graduado em Administração de Recurso Humanos. Publicou mais de uma dezena de livros todos de poesias e trovas.

SONETO  ESTRAMBÓTICO

Eu tive você, por bom e grande amigo.
Fiz de tudo. Dei-te a mão, além, do que podia.

PANDEMIA

AMILTON MACIEL MONTEIRO
Brasileiro, casado, nascido em Guaratinguetá/SP em 25.07.1931, aposentado, bacharel em Direito, ex-professor, poeta, com os seguintes livros publicados: “Estágios D´Alma” (poesias), “Cassiano”, fragmentos para uma biografia, “Elementos Históricos da Univap e de seu Berço”, “Vocabulário Bíblico”, “Poesias Recolhidas”, “Mitos, Fatos e Memórias de São José dos Campos”, “O Amor Acima de Tudo” (sonetos), “Doces Lembranças” (poesias), “Bem-Casados” (sonetos e trovas), e “Espelho D´Alma”(sonetos).

PANDEMIA 

Qual é o intuito dessa pandemia?
No caso, qual a sua opinião?
Será o fim do mundo, em agonia?
Ou só ceifar um pouco a multidão?

MENSAGEM DE ESPERANÇA

JOSÉ OLÍVIO
Nascido em Catu e criado em Alagoinhas-Ba. Graduado em Letras pela Uneb, arte-educador, facilitador de Oficina de Literatura de Cordel, cordelista, cronista com vários títulos publicados. Compositor das música inéditas O Circo e Virgulino Lampião, ótimas para Trilha Sonora. Membro da Caspal, Alada e Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel,
entidades da Bahia.

MENSAGEM DE ESPERANÇA

O homem é o que pensa
Mentalize a alegria
Pense no bem, na saúde
Que atraia a harmonia.

A MOÇA



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ANCHIETA MENDESJosé de ANCHIETA de França MENDES, natural de Juazeiro do Norte/CE, autor de Valados de Giz - Romance (2001 - Independente);  Dois dedos de prosa (Contos 2007- Independente);  Alquimia – Romance (2013 - Multifoco);  Bicho Metropolitano (Contos – 2016 - Penalux) - 2º lugar no concurso de Contos Sesc Santo Amaro/SP com o conto Letargia (2003).
Gestor Ambiental Consultor SEMACE/AMAJU Técnico em Segurança do Trabalho.
blog: anchietamendes.blogspot.com.br







A MOÇA

Faltavam dez minutos para as 17 horas, o banco estava vazio, apesar de tanta gente transitar pelo lugar; não precisei correr para sentar nele, apesar de achar-me cansado pelas inúmeras voltas pelo lugar e o vazio do banco era a salvação; então vi que o banco era curto e dividido em duas partes; uma de costas para a outra, e esse detalhe parecia simples e o era para muita gente e para mim também, a questão estava no vazio dele e em pouco tempo em estar ali com um livro há pouco comprado, uma moça sentar-se ao lado, e não a olhei, mas a vi o necessário pelo canto do olho

DEUS TEM UM PROPÓSITO NISTO









FERNANDO CARVALHO
Participa de mais de 80 antologias e 31 livros individuais, carreira dedicada a propagar o amor de Jesus sobre a humanidade.   Diácono e membro da Igreja Batista Monte Horebe - Vila Nova-RJ/RJ.











DEUS TEM UM PROPÓSITO NISTO

Estamos vivendo num mundo em trevas, mas o amor de Deus ainda está sendo vivido pela humanidade, e O Senhor está nos dando uma oportunidade de nos achegarmos mais a Ele. O Senhor

COMO NA LUA/ COMO A LUA

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FABIO DA SILVA BARBOSA
Fabio mostra ao longo de sua trajetória um trabalho que vem passando por fases, experimentando formas, o caminhar de uma extensa obra em construção, mas mantendo sempre a veia ácida, crítica e de demolição do que está posto. Entre zines, livros, vídeos e eventos o rastro vai ficando sobre essa terra devastada. 

COMO NA LUA/ COMO A LUA

Lembra de quando você via seu irmão caindo na rua
E o governo dizia
Ainda somos uma nação forte

OS ETERNOS DESCONHECIDOS DA PAULICEIA

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PHYDIAS BARBOSA

Trabalha na produção de cinema desde os anos 60. Participou de duas dezenas de longas metragens, brasileiros e estrangeiros,  diversos documentários e programas de TV como Contra Regra, Continuista, Assistente de Direção,  Diretor de Produção, Diretor Artístico e Produtor Executivo. Seus últimos trabalhos como diretor são: A Menina feita de espinhos (Longa), Assim na Terra como no Céu (Curta) e Je me Souviens (Documentário). Atualmente produz conteúdo para o seu canal do Youtube. Escreve para o jornal Brazilian Times de Boston, Massachussets e teve seu conto “Abusada” no terceiro lugar do concurso de contos do Florida Review (Miami). Tem 3 roteiros de  longas, o livro de memórias De Quissamã a Hollywood e 4 peças teatrais, tendo produzido duas delas: Mota Coqueiro, Culpado ou Inocente e A Floresta do Luar não vai Acabar (infantil).






OS ETERNOS DESCONHECIDOS DA PAULICEIA

I

Todos os dias eles faziam tudo sempre igual. Acordavam às 5 horas da manhã. Tomavam banho e se arrumavam. Depois de um fraco café da manhã, abraçavam sorrindo com aquele matinal sorriso ao passar pelas bocas de hortelã de seus amados filhos, pais, irmãos, agregados, maridos, mulheres ou amantes e finalmente saiam de casa em direção ao trabalho. Atravessavam a rua, subiam numa calçada cheia de gente caminhando na mesma direção. Vindo de todas as partes da grande cidade. De um lado, o terminal de ônibus lotado, do outro, centenas de pessoas se encaminhavam para um grande buraco, que aparecia misteriosamente com suas largas escadas rolantes e não rolantes atraindo com suas entranhas aqueles eternos desconhecidos.
Passavam rapidamente pelas roletas, desciam mais escadas, encontravam a plataforma que já os aguardava lotada de gente de todos os tipos, todos os estilos, todos os tamanhos, todas as raças.
Alto falantes informavam dos movimentos dos trens, imagens nas telas de publicidade mostravam as opções culturais e artísticas enquanto todos aguardavam a chegada do seu primeiro, segundo ou até mesmo terceiro transporte do dia. Entravam apertando-se uns aos outros numa vertiginosa corrida em direção a qualquer espaço disponível naquele vagão de metrô.
Apertavam daqui, apertavam mais e empurravam dali, todos se lembrando da época em que eram sardinhas em lata e hoje, talvez em novas encarnações, sofressem do mesmo mal.
Para Pepe, um ex-boxeador, atualmente porteiro e saca-trapos de uma firma de aparelhos eletrônicos e vídeo-segurança, que vivia até pouco tempo de pequenos golpes, tipo cheque sem fundo, usando o cartão de crédito de um amigo sem pagar a dívida, aquelas coisas; pra ele, Pepe, hoje é um dia especial. Do seu lado, carregando uma mochila que parecia bem cheia e pesada, encontra-se o Kimura Ponês.
Há algum tempo Pepe vivia pensando nos eternos desconhecidos. Na forma como eles sofriam, não somente apertados e encurralados nas grandes escadas rolantes da estação de transferência Pinheiros, mas também pensava no péssimo odor que exalava do Rio Pinheiros, cheirado e sentido todos os dias por milhares de passageiros que saiam do “buraco” e, na superfície, sofriam mais ainda com o cheiro de bosta azeda que eram obrigados a compartilhar com os milhões de paulistas que vivem, trabalham ou são obrigados a passar pelas marginais ribeiras dessa grande cidade.

II

Pepe tinha um plano bem ousado. Ele desejava faturar pelo menos 20 mil reais em no máximo 35 dias. Isso serviria para pagar aos amigos que emprestaram cartão, alguns cheques de lojas que foram parar no Serasa e SPC e outras pequenas pendências. Depois, voltar para Salvador.
Em suas viagens diárias pela linha azul e amarela do metrô e depois a linha Esmeralda da CPTM até Presidente Altino para trabalhar, indo as 5:30 e voltando às 18:00, Pepe se revoltava quando as portas do trem se abriam e entrava aquele cheiro de merda, principalmente nas estações Vila Olímpia e Cidade Jardim. O pior é que o cheiro espetacular teimava em permanecer até duas ou três, às vezes quatro estações inteiras e só melhorava um pouquinho depois da estação Ceasa. A porta fechava de novo.
O trem lotado de gente asfixiada e tentando tirar aquele odor do nariz, forçando um espirro. Muitos até aproveitavam para peidar nessa hora. O que parecia até natural e sugestivo. Cocô e cocô um dia se encontrariam. Democracia plena. O cocô dos ricos se encontrando com o peido dos menos válidos.
Em plena paulicéia, se é que me entendem.
De um lado, o Shopping Morumbi, do outro, Parque Burle Marx e uma “comunidade” em Santo Amaro. E por aí o trem vai. Lotado. Com a porta fechada, claro. O cheiro de merda, insistindo em permanecer lá dentro.
E o pior, tinham que enfrentar todos os dias, pelo menos no primeiro vagão, uma situação inusitada com a qual acabaram se acostumando. Durante a viagem havia aquele senhor, que passaram a chamar de “o maluco da CPTM”.
O coroa, quando o trem abria a porta numa das estações-lambança e pouco antes de fechar as portas, gritava a plenos pulmões: “cheira todo mundo junto, agora” e pedia a todos para encherem o pulmão com aquele cheiro azedo de cocô, segurar 15 segundos e soltar o ar devagarinho. Os eternos desconhecidos (numa das ocasiões o Pepe presenciou a cena), que viajavam naquele vagão obedeciam cegamente as ordens do coroa. E não é que funcionava mesmo? O cheiro, entrando em todos os pulmões ao mesmo tempo e solto em camadas, fazia dissipar metade do cheiro de merda que insistia em permanecer no trem. Seria sério se não fosse cômico.
Nosso personagem tinha visto na tevê pessoas usando máscaras contra gás e vírus de gripes, para se protegerem contra a poluição, fumaça e contra ataques policiais com bombas lacrimogêneas. Pensou: e se eu inventar um treco parecido com esse? Ao invés de proteger contra gás, poluição e vírus, protegerá também contra cheiro de cocô do Rio Pinheiros.
Falou com o Kimura, o amigo nissei desenhista da firma.
O “ponês”, como era conhecido, trabalhava bem com o CorelDraw, gostou da ideia e resolveu investir no projeto de Pepe. Além disso, seu pai era um dos sócios da firma de segurança e com certeza, se o projeto fosse viável, ele até poderia investir uma grana pra encomenda do primeiro milheiro.
Fizeram, juntos, um rascunho. E o material para fazer um protótipo? Correram atrás e montaram um sistema com uma bombinha que tocava para dentro da máscara um leve cheiro de alfazema, um perfume barato que foi moda na década de 50 do século passado e um pouco mais aromado do que o leite de rosas, que tinha sido a primeira opção.
Saíram juntos para testar o aparato.
III

Assim que o trem parou na estação Granja Julieta e o fedor tomou conta do vagão número 2, Pepe e Ponês vestiram suas máscaras, acionaram a bombinha e logo aquele cheirinho de alfazema penetrou em suas narinas.
Os dois, embora a cara de curiosidade e medo dos outros passageiros os deixassem um pouco constrangidos, seguiram mascarados até a estação Cidade Universitária, onde o auge do fedor alcança a sua plenitude máxima. Antes da Villa Lobos, tiraram as máscaras e olharam felizes um para o outro, com a impressão de terem cumprido uma etapa importante em suas vidas de inventores preocupados com o bem do próximo.
Riram bastante com o resultado.
De empregados de uma firma tamanho médio, eles começaram a vislumbrar a realização de um grande negócio. Finalmente iam encontrar a independência financeira e seu Takaoka Kimura iria se orgulhar do filho e do empregado quase sem-teto.
O plano parecia infalível. Agora era correr atrás da produção do primeiro milheiro. Mas, e as vendas?  Como fazer para atingir o público, aquele público que viaja naquela linha e que sofre com cheiro de merda todo dia?
O rapaz do amendoim e a moça do chiclete lhes forneceram a solução.
Hoje, os dois estão meio atrapalhados para começar a primeira experiência de vendas como camelôs dentro do trem (o que é prática proibida), mas mesmo assim começaram:
- Acabe com o cheiro de cocô. Máscaras cheirosas para fazer mais confortável a sua viagem. Delete o Rio Pinheiros de sua vida.
- Na minha mão, agora, aproveita galera é só 10 reais, 10 reais e vc não sente mais cheiro de merda.
- Alfazema em seu nariz, esqueça a merda do chafariz.
- Compre aqui com a gente, sem água poluída da nascente.
- Esqueça o cocô, vire você também um dotô.
E assim, de trocadilho em trocadilho, venderam 20 peças num vagão, 15 em outro, desceram na estação Ceasa e voltaram em direção ao Grajaú, apregoando seu produto e já com a sacolinha cheia de dinheiro.
No final do dia, a dupla tinha faturado mil reais.
O resto da história, fica pro seu Kimura pai, que passou a importar máscaras Made in China mais modernas e exalando perfume Chanel falsificado. Kimura filho abriu um sushi-bar. Pepe voltou prá Salvador e foi cuidar de jovens carentes do projeto “Defenda-se”, criado por ele quando ainda era um boxeur.
Os desconhecidos ficaram eternamente gratos por não terem mais que aguentar o cheiro de merda fedida.
Passaram a usar a máscara-contra-cheiro-de-merda-dos-Rios-Pinheiro e Tietê-com-chanel-numero-cinco-para-seu-deleite- ou simplesmente,  CacaMask, produto da Pepe&Kimura Enterprises.
Sim, nosso herói pagou a conta atrasada aos amigos e lojistas e mora com uma lourinha sueca na praia do Farol da Barra.

FIM

HERANÇA

EVANDRO ALVES MACIEL
Poeta, graduando em Filosofia pela Faculdade de São Bento, de São Paulo e fotógrafo amador. É autor do livro de poemas “Veneno de Ornitorrinco” (Ed. Patuá, 2016).

HERANÇA:
eu era uma máquina-robô
programada para a paz
e armada para a guerra
eu era um porta aviões
pleno de bombas reluzentes
e no mastro - bem amarrada - uma bandeira branca.

MEUS DOIS COMPANHEIROS DE QUARENTENA

GINA TEIXEIRA
Artista carioca e Auditora da Receita Federal aposentada. Bacharel em Teatro pela UNIRIO, Pós Graduada em Direito Previdenciário. Começou no Teatro de Revista como vedete e o nome de Lady Gigi na Cia. do Colé. Está Presidente da Casa do Compositor Musical . É membro da Academia de Letras do Brasil, ALALS, ACLAL e A.C.I.MA e gravou seu primeiro CD  “Reina Regina” pela gravadora SOM MASTER. Apresentou-se em Puerto Rico, Montreal, San Bernardo, Rosário, Lisboa, Burquina Faso, Maputo, Luanda e Bissau. Sua última atuação foi em “Chica Boa”, comédia de Paulo

AQUELA QUE MATA

GISELLE AZEVEDO
Influenciada por livros de mistérios como os da Série Vaga-lume ou mesmo Marco Túlio Costa, a fagulha da escrita foi despertada em mim. Começando com pequenos contos infantis cheguei ao universo avassalador da poesia. Desde então, tenho publicado meus escritos em blog, chamado Intrínseco, e no ano de 2016 me aventurei a lançar um livreto de mesmo nome. E por consequência

SAUDADE

VERA PINHEIRO
Vera  é graduada em Jornalismo e Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e mora em Brasília/DF. Tem dois livros: “Parto de Mim” e “Coisa de Velho – Proibido para Menores de 60 Anos”, este pela Taba Cultural, e crônicas publicadas em diversas antologias literárias.

SAUDADE

Há dias em que a saudade aflora, surge de repente, inesperada e sem querer, invade a mente, acorda as lembranças, desperta a memória do corpo e aciona os registros do prazer, do toque, do beijo, das

O AMANHÃ

CÉLIA CARVALHO
Natural de João  Pessoa,  com graduação na UFPB  e Doutorado na USP em Psicologia de Educação. Aposentada,  Poeta e artísta plástica.

O AMANHÃ

Não há mais lugar para o amanhã...

A noite se foi
e com ela levou

CONCEITOS E VALORES

CARLOS MAMBUCABA
José Carlos de Almeida – pseudônimo: Carlos Mambucaba, nasceu no Rio de Janeiro e vive a trinta e dois anos em Angra dos Reis.  Hoje com cinquenta e oito anos é membro efetivo da Academia de Artes Ciências e Letras do Brasil- sede em Volta Redonda-RJ.  Também membro efetivo do GREBAL Grêmio Barramansense de Letras – sede em Barra Mansa-RJ.   Escritor eclético é poeta e

SEMENTES DE AMOR

ALBÉRCIO NUNES
Serra-ES

SEMENTES DE AMOR

Sementes de   amor  plantei,
depois fui testemunhar
as belezas que encontrei

PAMONHAS

HÉLIO SENA
É natural de Massapê-CE. Professor, contista e poeta, publicou os livros  Falsidade da noite,  Nós & a rosa  e Estrela é mesmo um bicho bom, além de numerosas participações em coletâneas.
Contato: heliosena@rocketmail.com

PAMONHAS

Naquela manhã, despertou ouvindo um barulho estranho. Consultou o celular na mesinha: 6:13. Apurou os ouvidos. O tal barulho parecia vir lá de fora, da rua. Que diabo poderia ser?

AINDA

ELYANE LACERDDA
Filha de Hélio Gonçalves Corrêa e Selma Isabel  de Lacerda Corrêa. Natural de Volta Redonda-RJ. Fiscal de Tributos da PMVR, Professora de língua Portuguesa Especialização em  Produção Textual e Docência do Ensino Superior.  Possui 9 livros editados, Além das palavras,  Sensações vizinhas, Entre infinitos , Poemas  do acaso, Emoções Selvagens, Tecendo a Vida, Habeas Corpus, Eu e Outras e Dentro de Mim. Premiada pela Academia Brasileira de Letras nos anos de 2001 e 2002 no concurso de redação para professores, entre outras premiações na região! Membro fundador da Academia Volta-Redondense de Letras, ocupando a cadeira de número 11, e membro da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil, ocupando a cadeira de número  8.
Email:elyanelacerdda@gmail.com


AINDA

Ainda escrevo
                                         Poemas QUENTES
E N V O L V E N T E S
Com gosto de saliva
Com o calor entorpecente 
                               Dos vulcões em erupção constante

Ainda escrevo
                                              Sobre loucos amores
Que nos fazem acreditar no AMANHÃ

Ainda escrevo
Sobre paixões vividas
                               Sonhadas
Sentidas
Como uma explosão e um intenso clarão
Na pele
Nas veias
Na língua

Ainda escrevo e sinto  o AMOR
Sem nenhum PUDOR

DISRUPÇÃO

SARAH MARCONDES LAPENNA
Nascida em Campinas-SP. Formada em Tecnologia de Alimentos, Confeitaria e Gastronomia. Confeiteira da Casa Marcondes e Blogueira de um blog literário e o outro culinário. Começou a participar de concursos literários em 2007 e ganhou em 1º lugar um concurso sobre o Meio Ambiente no Jornal Local em Sousas. Em 2011 participou de um concurso e foi convidada junto a outros autores a publicar seu conto “Máscara Negra” e sua poesia “O que é a vida?” na Antologia  Poesia e Prosa no Rio de Janeiro, da Taba Cultural. Em 2016 publicou na Taba Cultural os textos ‘’Transformações’’, ‘’Paz’’ e “Johnny” na Antologia: Contemporâneos. Em 2018 Publicou na Antologia Sarau Brasil da Editora Vivara o poema “A paz” e “Resiliência” Desde pequena tem o gosto pela arte da escrita e quer, por onde passar, tornar o mundo de sorrisos felizes.

DISRUPÇÃO

Estamos em constante aprendizado e mudanças.
Construindo nossos passos, evoluindo nossos pensamentos e ações. Nos proporcionando passar por momentos e escolhas que nos doutrinam e consequentemente direcionam a luz ao longo dos passos incertos e precisos que percorremos a cada amanhecer.
Assim como aprendemos a andar, a se comunicar, a vida vai nos ensinando a viver e a descobrir quem somos e qual nosso legado neste vasto universo.
Encontramos pessoas que auxiliam a estes aprendizados, mesmo estes que  não nos proporcionam o bem, devemos saber que de alguma forma o fazem, pois aprendemos e nos instruímos com estas lições.
Há também atitudes e palavras que surgem em nossas vidas e proporcionam tamanho significado e convicção. Palavras estas que muitas vezes nem fazem parte de nossa rotina, mas surgem em profundas conversas e conexões proporcionando o que é necessário para continuar ou mesmo transmutar. Assim como a descoberta do sentido da “disrupção”, não somente no significado, mas a colocando diante da vida e das futuras decisões.
Disrupção segundo o dicionário significa “a interrupção do curso normal de um processo”.
A normalidade é controversa. Para alguns é conforto, para outro é prisão.
Há alguns momentos que a rotina se transforma, os padrões se restabelecem e aquilo que era comum no dia-a-dia se torna escasso e insuficiente.
Há períodos que precisamos sair do casulo que criamos em meio à proteção ou segurança e se destinar a viver.
Nos permitir caminhar diante de nossa sombra junto a nossa alma a qual anseia se perpetuar pela estrada da luz.
Modificando hábitos, descaracterizando sentimentos e receios. Ressignificando a vida diante da imensidão que é existir.
Toda transformação precisa de coragem. Toda disrupção necessita de determinação a fim de quebrar conceitos, incertezas e a normalidade de uma sociedade ou mesmo de nossas próprias convicções que criamos através do tempo.
Pare por alguns instantes, feche seus olhos e projete em sua mente tudo aquilo que possa se tornar e vivenciar.
Se questione: “O que lhe faz feliz?”, “O que gostaria de ser ou fazer”, “ O que precisa para seus sonhos se tornarem reais?” “ O que lhe motiva a acordar todos os dias?”.
Ao abrir seus olhos permita-se ser capaz de  conceber  todas estas mudanças de processo em sua jornada.
Evidente que muitas vezes encontraremos dificuldades que há em nós, como bloqueios, dúvidas e medos. Ou que surgirão ao nosso redor com o tempo para nos desafiarem. Mas é preciso persistência e cuidado para a busca da felicidade e da completa realização.
Que a normalidade se torne constantemente ilusório na concepção, mas que a disrupção esteja presente e se torne contínuo em sua missão.
Interrompendo aquilo que nos impede em ser radiantes e facilitando a busca interior, libertando-nos se necessário for.

BUSCA

ALICE GERVASON
Pós graduada em Alfabetização e Letramento. Membro da AJL- Academia Juiz-forana de Letras, cad. 10; - Membro da LEIAJF- Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora; da SBPA - Sociedade Brasileira de Poetas Aldravianistas;  da ALACIB/MG - Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil. Fundadora da ABRAAI-SD - Academia Brasileira de Autores Aldravianistas Infantojuvenil de Santos Dumont. Possui 6 livros solos - poesias, aldravias e literatura infantil.

NAS ONDAS DO MAR


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DILMA BARROZO
Nasci no subúrbio do Rio de Janeiro e fui compondo a minha vida dividida entre os quintais de Campo Grande e as praias de Pedra de Guaratiba, fonte maior de minha inspiração e referência. Como professora da Rede Pública, sempre me preocupei com a formação de leitores, por acreditar que as artes e, em especial, a literatura são indispensáveis ao ser humano na sua busca pelo

SAUDADE

SEBASTIÃO GERBASE (BASINHO)
75 anos, nascido em Nova Cruz/RN, e criado desde os dois anos em Mamanguape/PB; bacharelou-se em Direito em 1985, aposentou-se em 1997 como auditor fiscal (concursado) da Fazenda Estadual – PB; exerceu durante quatro anos, na comarca de Mamanguape, as funções de “Conciliador Judicial” e de “Juiz Leigo”. Atualmente, no gozo da aposentadoria atreveu-se a conhecer os caminhos da poesia

SÚPLICA DO NAVIO À DERIVA

Foto de Herbert Fuda de Souza 
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SARAH PASSARELLA
Poeta, contista, cronista, autora dos livros “Peregrina do Uni-versos- 2ª edição”, “Tecendo Amanhãs”, “Poemas Inesquecíveis de Sarah de Oliveira Passarella”, “Poéticas Travessias”, “Sarah Passarella em Fragmentos da Memória”, “(É) terno o Tempo”, “Poemas de cantar Natal”, “Águas de Presságios - 2ª edição”, “Um Anjinho que pinta estrelinhas” (infantil) e “Fiapos de Ternura”, lançado na “FLIP” em Julho de 2019.

A VIDA RENASCERÁ

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LAURO TREVISAN
Nascido em 1934, escritor,  poeta, palestrante. Autor de 101 livros lançados pela Editora da Mente, Santa Maria. Formado em Filosofia com  pós-graduação, Psicologia, Teologia, Jornalismo, Psicanálise Humanista, História, especialista na ciêcia do Poder da Mente. Literato versátil, tem obras em todos os gêneros literários: poder da mente, psicologia, psicanálise, contos, poesias, fábulas,

PARTICIPANTES DO PROJETO


Dezenas de poetas e escritores atenderam ao nosso convite, e nos enviaram seus trabalhos para as antologias que se encontram em produção para lançamentos nas próximas semanas. São responsáveis por esses bonitos conteúdos os seguintes poetas e escritores, nas seguintes antologias:

E-book: POESIA NA PANDEMIA

Alan Dantas Rocha
Albércio Nunes
Alexandre Lettner
Alice Gervason
Amilton Maciel  Monteiro
Arlindo Tadeu Hagen
Carlos Mambucaba
Carolina Ramos
Célia Carvalho
Cezar de Almeida
Dilma Barrozo
Elyane Lacerdda
Evandro Alves Maciel
Fabio da Silva Barbosa
Fernando Carvalho
Gilnei Neves Nepomuceno
Giselle Azevedo
Hélio Sena
Jania Souza 
José Olívio 
Lauro Trevisan
Maria Appaqrecida Sanches Coquemala
Maria Silvana Prado
Renato Galvão
Sebastião Gerbase (Basinho)
Solange Barifouse

E-book:  EM CASA COM TUDO

Anchieta Mendes
Angélica Manfroi
A. Rabello
Carlos Mambucaba
Carolina Ramos
Clara Dal
Daniela Ap. de Souza
Debora Valadares
Dilma Barrozo
Elyane Lacerdda
Fernando Carvalho
Gina Teixeira
Hélio Sena
Helman Telles dos Santos Reis
Iva França
Jânia Souza
Jefferson Rocha 
José Maria Rodrigues
Lauro Trevisan
Lúcio Celso Pinheiro
Nikole Klotz
Phydias  Barbosa 
Solange Barifouse
Regina Moniz Ribeiro
Ricardo Orestes Forni
Sarah de Oliveira Passarella
Sarah Marcondes Lapenna
Vania Karam
Vera Pinheiro
Zeh Gustavo 
  
Logo traremos novas noticias sobre os lançamentos dos e-books.